De amor nada mais resta que um Outubro e quanto mais amada mais desisto: quanto mais tu me despes mais me cubro e quanto mais me escondo mais me avisto. E sei que mais te enleio e te deslumbro porque se mais me ofusco mais existo. Por dentro me ilumino, sol oculto, por fora te ajoelho, corpo místico. Não me acordes. Estou morta na quermesse dos teus beijos. Etérea, a minha espécie nem teus zelos amantes a demovem. Mas quanto mais em nuvem me desfaço mais de terra e de fogo é o abraço com que na carne queres reter-me jovem. Natália Correia
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
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10 comentários:
Bom gosto. Em tudo.
bj
Obrigada abssinto ;)
Blackiss às cores!
A Natália Correia é uma grande senhora e uma senhora poetisa!
Obrigada pela visita à Cicuta :)
bj
Mesmo que emprestadas, estas palavras valem tesouros por descobrir, aqueles que se mantêm em descanso entre pedras e musgo. Lindissimo.
Von
Ena pahh!!!!!
Lindo!!!!
Obrigada por nos teres trazido este texto...
Revejo-me nele, sinto-me nele... impressionante!
Adorei o teu cantinho... vou linkar-te, ok?
beijosssss****
Cicuta a conta gotas muito interessante.
Blackiss
Obrigada por me incluires no teu cantinho redlight (especial). Perdi-me a ler as tuas emoções. São deveras um apelo aos sentidos.
Blackiss
E há tantos tesouros para descobrir...
"Morta na quermesse dos teus beijos": brilhante.
Xi.
A Natália tinha realmente este dom (devassador) nas palavras.
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