quarta-feira, 30 de julho de 2008

Os jardins de luz

Perdi-me no calor dos teus abraços e encontrei-me no calor dos teus beijos. La bohème, la bohème a voulait dire tu es jolie.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O primeiro tango em Paris

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Sob as perpétuas estrelas de Montmartre, que abafam o clamor do mundo, dança comigo no silêncio dos teus braços. Sussurra-me ao ouvido poesias desses véus de vultos que o olhar envolve e eleva, para que possa aprisionar o meu reflexo nos teus olhos profundos. Despe a minha alma em minutos compassados e perde-te nas minhas mãos suadas pelos longos abraços intemporais. Bebe o veneno que te ofereço pelos meus lábios de sangue intenso. Dança comigo nos acordes dos meus sentidos, envoltos nos tentáculos do mundo visível e invisível. Quebra os vidros de todas as manhãs calmas e latejantes em todos os bancos de jardim que esperam a noite toda. "Dance me very tenderly and dance me very long...to the end of love."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O abissal esconderijo das pequenas coisas

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Rondaste o meu castelo solitário como um rio de vozes e de gestos. Baixei as minhas pontes fatigadas e conheci os teus lumes, teus agrados, teus olhos de ouro negro que confundem, andei na tua voz como um rio de fogo e mel e raros peixes belos. Cheguei na tua ilha e atrás da porta deste-me o banquete dos teus ardores.(Lya Luft in Secreta Mirada)

sábado, 5 de julho de 2008

Como água para chocolate

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Se souberes respirar nas esquinas de veludo, deita-te nas paredes e desenha vincos nas fendas do teu corpo. Bebe do que te é dado a beber. No ar saturado pela saliva, apenas fica a alma negra do silêncio. Num verão emparedado, o calor é devolvido ao corpo, despedaçado por um grito de desespero. O sangue de chocolate grita, explode nas artérias aos soluços. Os beijos caem como pingos de madrugadas geladas, encerrando as palavras. A plenitude de cada presença morde-me os sentidos.