A ideia do eterno retorno é uma ideia misteriosa. Pensar que tudo se repete da mesma forma e que a própria repetição se repete ad infinitum! Se cada segundo das nossas vidas se repete infinitas vezes, no mundo do eterno retorno, o peso da responsabilidade insuportável recai sobre cada movimento que fazemos. Se o eterno retorno é o mais pesado dos fardos, então as nossas vidas contrapõem-se a ele em toda a sua esplêndida leveza. Parmênides levantou essa questão. Ele via o mundo dividido em pares opostos: luz/escuridão, fineza/rudeza, calor/frio, ser/não-ser. A uma metade da oposição, chamou positiva (luz, fineza, calor, ser) à outra, negativa. O que escolheremos então? O peso ou a leveza?
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
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5 comentários:
leveza!!
O retorno não se quer eterno. Não se deseja eterno. Quebra o estilhaço da surpresa e o filamento do inesperado. E recusando o positivo e negativo, obtenho a fusão e crio a planície dentro do planalto.
O que escolher? O peso do corpo e a leveza do impulso. E com ambos, obtenho o salvo-conduto para o ilimitado.
Von
As palavras têm a leveza do vento e a força (peso) da tempestade.
Um nada em comparação com o infinito, um tudo em face do nada, um intermediário entre o nada e o tudo.
A ligeireza do espírito, a força da alma.
Interessante, abssinto.
E haja também espíritos fortes que aligeirem as almas ;)
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