terça-feira, 29 de abril de 2008

Preguiça: o ócio divino

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Aí que preguiça! Todos os momentos são transparentes quando não pensamos neles. Passar ao lado dos minutos. Pontapear o tempo. Açoitar o movimento. Rebolar a agitação para fora do colo. Comer o silêncio às fatias. Caminhar, caminhar sem parar e sem sair do lugar, porque todos os lugares são o mesmo lugar. Esticar os braços e as pernas até ao infinito à espera que sejam acordados pela inércia. Fechar as persianas aos olhos e tocar o escuro com as pestanas. Aí a preguiça, a mãe das artes e das virtudes nobres, o bálsamo das angústias humanas, à boa maneira do irreverente manifesto do Paul Lafargue. Já podes abrir os olhos, faz um intervalo. Um momento de pausa em boa companhia, enquanto o peito recupera o ritmo normal e o coração volta a fervilhar num ritmo alucinante. Bang bang!

2 comentários:

Eternus disse...

Doce e prazeirosa preguiça que nos invade o corpo.Como dizes um ócio divino, que poucos se podem dar ao luxo.
Li grande parte do teu blog e gostei bastante.
Vou, sem dúvida voltar.

A musica que escolheste é ela também soprada pelos deusas.

um beijo sussurado.

black puss in white boots disse...

Obrigada pela calorosa visita eternus.
Um blackiss eterno ;)