terça-feira, 9 de dezembro de 2008

La beauté du geste

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As pingas de chuva marinam os dias enxutos. Aqui, neste mundo de papel virtual onde construímos aquilo que somos, as palavras são servidas como se fossem bolachas. No meio deste inverno gelado, enquanto vagueio ao sabor dos teus lábios indomáveis, permaneço abraçada aos teus olhos intensos, folhas enraizadas, com o sorriso das estrelas junto à liberdade do mar. Encanta-me a cor do crepúsculo a apagar-se com o dia. Quando a noite calma chegar, abro os olhos e entrelaço os meus dedos nas tuas mãos e volto a fechar os olhos. Às vezes queria ser uma das tuas pestanas, para o brilho do olhar ser o meu sol que nascia de manhã para à noite se pôr e dar lugar ao sonho.

2 comentários:

Von disse...

Perigar neste oceano de medidas e remoínhos, deixar o barco e de mão dada com a ponte, olhar o rio, o anoitecer e um fragmento de si mesmo vaguear ao sabor da ondulação do fim do dia, ou fim da claridade, estranha tonalidade diurna, anfitriã das horas que antecedem o espectáculo. O mais, o que fica à porta quando escurece, são as migalhas de tédio e as vontades mornas inacabadas.

Von

black puss in white boots disse...

Quando escurece a lua lá no alto sentada na sua poltrona de veludo espera que a noite chegue a casa para dois dedos de conversa.