quinta-feira, 10 de abril de 2008

Opiáceo

Mas hoje, ainda longe daquele grito, sento-me na fímbria do mar. Medito no meu regresso. Possuo para sempre tudo o que perdi. E uma abelha pousa no azul do lírio, e no cardo que sobreviveu à geada. Penso em ti. Bebo, fumo, mantenho-me atento, absorto – aqui sentado, junto à janela fechada. Ouço-te ciciar amo-te pela primeira vez, e na ténue luminosidade que se recolhe ao horizonte acaba o corpo. Recolho o mel, guardo a alegria, e digo baixinho: Apaga as estrelas, vem dormir comigo no esplendor da noite do mundo que nos foge. (Al Berto in Lunário)

6 comentários:

R. disse...

Excelente combinação (título,video,texto)

Beijo*****

black puss in white boots disse...

De facto é um poema fabuloso a juntar a esta banda sonora fantástica o resultado é mesmo psicotrópico :)
Blackiss vertigo ;)

Abssinto disse...

Os amantes serão amantes.

Bela escolha musical.

Von disse...

Quando os interlúdios ultrapassam as importâncias... Das palavras, não quero acrescentar nada.

Von

black puss in white boots disse...

Para todo o sempre e aí de quem duvidar ;)
Blackiss abssinto!

black puss in white boots disse...

Os interlúdios misturam-se nas palavras e as palavras acendem os interlúdios.
Blackiss Von